1933


Nasce no município de Rio Primeiro, em Córdoba (Argentina).
Aos 06 anos inicia-se no bandoneón como autodidata. Em Córdoba estuda com o maestro bandoneonsita Pedro Garbero. Aos 15 anos realiza seu primeiro teste em uma orquestra profissional de tango. Aos 20 anos é convidado por uma orquestra de tango de Buenos Aires com a qual realiza turnês pela Argentina e paises vizinhos como Uruguay, Paraguay, Chile, Peru, Equador e Venezuela.

 

1957


Em Buenos Aires estuda e aperfeiçoa-se com o maestro bandoneonista Marcos Madrigal. Matrícula-se no Conservatório Nacional e estuda violoncelo com o professor Roberto Libón.

 

1961


Viaja por vários países da América Latina para realizar pesquisa sobre a música dos povos remanescentes das civilizações originais do Continente Centro e Sulamericano (Bolívia, Peru, Chile, Panamá, Guatemala).

 

1963


Estabelece-se em São Paulo e estuda composição sob a orientação do maestro e Compositor brasileiro Olivier Toni e piano com Marta Cerri.

 

1966


No Brasil é convidado pelo sello Farrouphilha e grava “Tangos de Vanguarda”, no qual registra a sua própria versão de seis temas de Astor Piazzolla. Durante esse período apresenta-se regularmente com seu bandoneón em diversas casas noturnas de São Paulo.

 

1968


Estréia como compositor no Festival de Música Contemporânea Brasileira de São Caetano do Sul (SP) com a obra “Oito Variações para Orquestra de Cordas Sobre um Tema Pentatónico”, interpretado pela Orquestra Musicâmera de São Paulo regida pelo Maestro Thomas Di Jaime.

 

1969


É convidado pelo grupo de compositores da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia e transfere-se para Salvador, integrando-se ao movimento emergente da música contemporânea brasileira. Ali desenvolve sob orientação do compositor suíço-brasileiro Ernest Widmer, ampla pesquisa e aperfeiçoamento na linguagem musical contemporânea e suas novas técnicas de estruturação, incluindo as multimídias. No período compreendido entre 1969 e 1975 estreiou mais de 50 obras de expressão de vanguarda. Em 1969 obtém a quinta colocação no Concurso Nacional de Composição do Rio de Janeiro.

 

1972


Representa o Brasil e a Argentina no festival Internacional de Música Contemporânea em Graz, Austria.

 

1976


Viaja ao Panamá a convite do Instituto Nacional da Cultura do Panamá. Ali cria e implementa oficinas de criação e repertório como nova proposta para a formação de compositores em centros onde não existam escolas superiores de música.

 

1976


É convidado pelo Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais na cidade de Ouro Preto. Nesse festival dirige oficinas de arte integrada desenvolvendo um trabalho processual com as diversas áreas da criação artística. Esse trabalho teve continuidade nos festivais subsequentes (realizados anualmente) até 1988, resultando na criação e posterior profissionalização do Grupo Oficcina Multimédia, hoje participante de vários eventos internacionais. A proposta do Grupo foi acolhida pela Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte (F.E.A.), entidade à qual o compositor permanece ligado desde 1977 e onde preside o Centro Latino Americano de Criação e Difusão Musical, criado em 1986, durante o 1º Encontro de Compositores Latino Americanos (sob os auspícios da F.E.A).

 

1982 a 85


Realiza cursos e organiza grupos de música e teatro pelo interior de Minas Gerais, principalmente na região do Vale do Jequitinhonha, participando também dos “Festivais de Cultura Popular”.

 

1986


Após um encontro com Astor Piazzolla em Belo Horizonte, volta a se dedicar plenamente ao bandoneón, compondo, arranjando e se apresentando regularmente com esse instrumento.

 

1991


Funda e dirige o “Quinteto Tempos” com a proposta de alargar o espaço da música contemporânea, unindo a música erudita e a música popular. Com esse quinteto grava 03 discos com obras autorais e arranjos originais:

“Tocata Del Alba” (1995)
“Toda Música” (1999)
“Balada para un loco” (2008)

 

1994


É convidado pelo Instituto de Filosofia, Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e assume a docência acadêmica lecionando cursos de criação musical e música cênica.

 

2000


Atuando intensamente na cidade histórica de Ouro Preto, funda junto com Ronaldo Toffolo a Orquestra Experimental da UFOP (atualmente Orquestra Ouro Preto) que tem como proposta a oferta de uma programação permanente e o desenvolvimento de repertório diversificado em gênero e época, buscando a formação e ampliação de público. Atualmente Rufo atua como coordenador artístico, compositor residente e membro do conselho diretivo. Com a Orquestra Ouro Preto gravou 03 discos:

“Bandoneón” (2003)
“Latinidade” (2006)
“Latinidade: Música para as Américas” (2016)

 

2005


Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Ouro Preto e de Cidadão Honorário concedido por lei municipal pela Câmara Municipal de Ouro Preto.

 

2005 até a atualidade


Rufo Herrera apresenta-se regularmente com o Quinteto Tempos e com a Orquestra Ouro Preto, consolidando a presença e o vigor desses projetos. Compõe regularmente para diferentes formações sinfônicas e camerísticas.
Apresenta-se regularmente em eventos e festivais como solista e difusor do bandoneón.

© 2017 Rufo Herrera